Crentinho ordinário.

Carlos Henrique de Paula
2 min readSep 2, 2015

Cada dia que passa me admira mais o Zé niguém, o que tem o “ testemunho trivial “ que simplesmente um dia se viu incluído em um mistério profundo e percebeu que agora amava a Trindade e o próximo, que ainda fica embasbacado todas as vezes que pensa nisso. Não é “ex isso, ex aquilo outro” … é um crente, desses que não pretende iludir as pessoas com frases de efeito cheias de inchaço orgulhoso, frases que no frigir dos ovos são evidências de algo que não é saudável. Tenho admirado demais o crente ordinário, que a acha a palavra arrependimento bonita de mais, cheia de graça, de dor, cura e poesia, aquele crente que não é traumatizado com os pais (da fé) mesmo sabendo que eles por sí só não são infalíveis nem inerrantes. Gosto quando no caminho encontro uns “quase invisíveis”, que não foram infectados com a necessidade de fazer um marketing pessoal duvidoso, que não são fixados com aquilo que veem no espelho, que vivem com dificuldade amando mais aos outros do que a sí mesmos. Os verdadeiros crentes comuns me encorajam, aqueles desconfiados, pé atrás sabe? Que são assim porque lembram de quando a figura de um “bezerro de ouro” confundiu a caminhada. Se você é um crente ordinário, daqueles que mesmo na adversidade, mesmo sem muitos “likes” na sua linha do tempo e do espaço, não negocia princípios, discorda com amor, concorda sem ingenuidade e se conhece ao ponto de entender que o homem não é o que foi criado pra ser, saiba, você me inspira, sua vida grita mais do qualquer “fanpage” que vindica pra sí uma relevância forçada, sua vivência é uma “conferência” pra mim, continue assim, repaginando os hinos, fazendo da vida uma linda e significativa liturgia, visitando e meditando nos textos difíceis e não adorando isoladamente algum atributo do Eterno, mas ao invés disso continue me exortando de maneira doce a louvar o Criador dos atributos.

Aos amigos e amigas do Farol.

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